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Águia de Ouro abre segunda noite do Especial em SP e tem aprovação popular


Publicado no site: https://www.srzd.com no dia 03 de março de 2019.

Desfile 2019 da Águia de Ouro. Foto: SRzd – Cláudio L. Costa

Protesto e memória cidadã.

Com esse espírito a Águia de Ouro abriu a segunda noite de desfile do Carnaval 2019 em São Paulo, neste sábado (2), no sambódromo do Anhembi.


Trazendo um enredo de feitio panfletário e turbinado pela maior polêmica do pré-Carnaval quando um destaque apareceu fantasiado de Adolf Hitler no segundo ensaio técnico da escola, a apresentação era aguardada com ansiedade.


FICHA TÉCNICA

Presidente Sidnei Carriuolo

Carnavalescos Fran Sérgio, Sérgio Caputo Gall e Beth Trindade

Intérpretes Douglinhas e Tinga

Coreógrafa de comissão de frente Chris Rabello

1º casal de MSPB João Calos e Ana Reis

Mestre de bateria Juca


ENREDO

“Brasil, eu quero falar de você”, foi o tema da azul e branca.

Como diz um trecho da sinopse; “Um grito de basta contra toda essa sacanagem”, em referência aos diversos fatos da história nacional que marcaram negativamente o País.

No mesmo texto, explicativo do enredo, muitas perguntas e outras afirmativas: “Por que me roubam tanto?; Parem de me roubar, não aguento mais; Roubar mixaria é crime! E quem rouba milhões?; Dormi com dinheiro e acordei sem ele!; O grande golpe que colou!; Tomaram o meu! Pensei que a “Lava Jato” era só para lavar carro!; O povo não merece esse tratamento, pois também somos filhos de Deus, e dizem por aí que Deus é brasileiro”.


O DESFILE

Além do perfil do enredo, da polêmica fantasia de Hitler e de mexidas no elenco ao longo da temporada, outro elemento atraiu as atenções para a Águia de Ouro; a presença de Laila, como o cérebro do projeto 2019.


O retorno dele ao Carnaval de São Paulo foi uma das maiores novidades do ano.

Em terras paulistas, o carioca deixou sua marca no final da década de oitenta, quando desembarcou na Unidos do Peruche, ao lado de Joãosinho Trinta, e concebeu desfiles históricos.


Sua personalidade e talento, deram forma e guindaram a Beija-Flor de Nilópolis ao mais alto patamar das disputas no Rio de Janeiro. Antes, já tinha mostrado seu potencial nos Acadêmicos do Salgueiro, ainda nos anos setenta. Agora, dividiu as atenções com a Unidos da Tijuca, onde integra a comissão de Carnaval. E nessa volta, manteve seu estilo, de comando e de personalidade forte, inclusive contestando aspectos do regulamento.

Na pista, após elogiado desempenho nos ensaios técnicos gerais, a azul e branca correspondeu.


Em termos plásticos, nas fantasias mesclou originalidade e luxo, além dos figurinos contribuírem para a leitura da história. O verde, amarelo, azul e branco da bandeira nacional, como não poderia deixar de ser, predominaram no conjunto.


Nos carros, uma série de elementos em cada uma das composição prenderam a atenção do público e também foram importantes para deixar a mensagem proposta. Mesmo com a forte chuva que caiu horas antes do desfile na cidade de São Paulo e castigou as alegorias das escolas do sábado, foram observadas apenas pequenas avarias em esculturas, sobretudo do carro abre-alas.


Outro movimento inusitado na escola da Pompéia, veio na definição do samba.

Após definir os quatro finalistas de seu concurso, a diretoria informou que optou por “aproveitar o que cada um dos sambas finalistas têm de melhor”.


Com a junção, são nada mais, nada menos, que mais de 30 pessoas assinando a obra, a saber: Márcio Filhos da Águia, Nando, Filosofia, Babú, Leandro B, Lula, Tuca, Jacopetti, Dico, e Diley Machado; Fernandinho SP, Léo, Paulo Eduardo, R. Centenaro, R. Campos e Portela; Ivanzinho, Jairo, Rodrigo Rocha, Carioca, Jose Sales, Zanza Simião, Silva Oliveira e Waltinho; e Rafael Prates, Russo, Amós TK, Silas, Rafa Malva, Zé Paulo, Maracá, Souza e Wagner.


Samba que, independente do processo que o envolveu em sua criação, funcionou e foi cantado com intensidade pelos componentes e pelo público, que já enchia as arquibancadas do Anhembi e fez coro durante as repetidas paradinhas executadas pela bateria de mestre Juca. Tudo isso favoreceu uma evolução praticamente perfeita, comprometida somente na reta final da pista, com um leve distanciamento do último carro para a ala seguinte, justamente a “Batucada da Pompéia”. Sem maiores problemas e após uma exibição aprovada por quem assistiu, fechou seu cortejo em cima do tempo, aos 65 minutos.


GALERIA DE FOTOS


COMISSÃO DE FRENTE


PRIMEIRO CASAL MSPB


ALEGORIAS


ENTREVISTAS


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